Os dois são TREINAMENTO DE FORÇA!
Quando falamos da MUSCULAÇÃO TRADICIONAL, sabemos que é um exercício físico, também chamado de resistido, seja com pesos, equipamentos, cabos, polias e até peso corporal, com seus tipos de montagem e métodos, dentre muitos objetivos diferentes; controle da composição corporal – emagrecimento e manutenção da massa muscular/ prevenção contra doenças/ reabilitação/ preparação física para variados esportes). Nele manipulamos a intensidade, volume e densidade entre outras variáveis e cargas do treinamento para obter seus resultados musculares ótimos de força, potência, resistência e adaptações estruturais e funcionais do músculo, como a hipertrofia (inclusive colocando o indivíduo em condições que exijam também outras capacidades dependendo do treino, mesmo fora de uma especificidade). Assim, consideramos também que os tipos de montagens e sistemas de treinamento influenciarão nos resultados e no alinhamento com os objetivos de acordo com o individuo e fase do seu treinamento. E não esqueçamos da sua fatia competitiva (basistas, levantadores de peso e bodybuilders). Porém, sem ser reducionistas, não definamos a Musculação como sinônimo do treinamento e estilo de vida destes importantes atletas, apesar de muita influência, pois como mencionei, este tipo de treinamento de força é composto por diversos outros objetivos de Saúde que se situam fora do cenário competitivo e é no ambiente do wellness e fitness que navegam a maior parte dos adeptos que buscam seus benefícios.
E quando falamos de TREINAMENTO FUNCIONAL, definimos que ele é integrado e multisegmentado, objetivando as adaptações multissistêmicas, melhorando várias capacidades físicas (força, coordenação, potência, velocidade, agilidade, cardiorrespiratório, etc) e manipulando as variáveis de treino a partir do uso de exercícios de força com progressão da Complexidade aumentando a dificuldade técnica. Alguns acessórios e equipamentos são bem conhecidos e rapidamente relacionados ao treino funcional, mas sabemos que sua pratica vai bem além, desde exercícios com o próprio peso corporal, até exercícios diversos e modalidades que envolvam as características mencionadas com a progressão do exercício unissegmentado para o multissegmentado (membros superiores e inferiores juntos na execução completa do movimento) , uniplanar para o multiplanar (interação de planos frontal, sagital e transverso), do lento para o rápido, do cíclico para o acíclico, da tarefa simples para a dupla, dos genéricos pra os específicos, dos isolados para os integrados, dos isolados para os multidirecionais, dos estáveis para os instáveis, dos sentados ou deitados para os de pé, dos pés fixos para os pés variáveis, dos simultâneos ou bilaterais para os alternados ou unilaterais, das cargas estáveis para as cargas instáveis. Em suma, integrados, ou seja, trabalhando vários grupos musculares de forma sinérgica, coordenada e equilibrada ao mesmo tempo, partindo de movimentos simples para mais difíceis, mais complexos.
Contudo, os objetivos levarão às diferenças e assim podem trabalhar juntos e se complementarem em programas de treino bem periodizado! De propósito na imagem coloquei um movimento de LPO representando o Treinamento Funcional, pois também é, já que é integrado, equilibrado e exige muita coordenação, força, velocidade e potência* (*ótimo para desenvolver esta capacidade), além de trazer a progressão da complexidade com o controle multiplanar, rápido e multisegmentado, por exemplo. No entanto, não esqueça que o LPO além de todas as suas características funcionais e utilização na preparação física de vários outros esportes que buscam seus ganhos transferíveis para si, antes de tudo é uma modalidade competitiva sendo um esporte por si só e que faz parte da fatia da Musculação Competitiva (juntamente com powerlift e fisiculturismo).
Então, finalizo este artigo da forma que iniciei: Quando falamos de Musculação Tradicional e Treinamento Funcional, estamos falando de TREINAMENTO DE FORÇA! São e estão no mesmo barco, diferenciando-se com relação a aplicação estratégica de acordo com a necessidade individual e do especifico contexto do momento e/ou progressão do geral para o especifico numa busca de funcionalidade de acordo com o planejamento orientado pela modalidade.
Então professores, não se limitem e utilizem todo o repertório eficiente e verdadeiramente indissociável sobre os seus alunos, eles agradecerão os resultados!
Prof. Wagner Xavier/ Hero Performance
